Clássicos do Tai Chi: Os manuscritos da Família Yang

Do T’ai-chi ch’üan shih-yung fa (Aplicações de Defesa Pessoal do T’ai-chi ch’üan ),
editado por Li Ying-ang, Hong Kong, Unicorn Press, 1977.

From the T’ai-chi ch’ui shih-yung fa (T’ai-chi ch’uan personal defense applications),
edited by Li Ying-ang, Hong Kong, Unicorn Press, 1977.

 

Princípios do Corpo / Principles of the Body

 Relaxar o tórax. / Relax the chest.                       Soltar os ombros. / Let go of the shoulders.

Expandir as costas. / Expand your back.            Baixar os cotovelos. / Lower your elbows.

Rodear o Plexo Solar                                              Suspender o plexo solar
Circle the Solar Plexus                                           Suspend the solar plexus

Proteger o Rosto. / Protect the cheekbones.  Ser evasivo. / Be evasive.

Levantar a Cabeça. / Raise the Head.                  Evitar conflito. / Avoid conflict.

 Quatro Aspectos da Transmissão Secreta / Four Aspects of Secret Transmission

  1.  Expandir – quer dizer que mobilizamos nosso ch’i expandindo-o sobre a energia de nosso adversário, prevenindo-nos de seus movimentos.
    Expand – means that we mobilize our ch’i by expanding it on the energy of our adversary, preventing us from their movements.
  2.  Cobrir – significa que usamos nosso ch’i para cobrir a investida do atacante.
    Cover – means that we use our ch’i to cover the attacker’s attack.
  3.  Sentir[1]usamos o ch’i para sentir a investida do oponente, avaliar sua intenção e procedermos uma evasão.
    Feeling [1] – we use the ch’i to sense the opponent’s attack, evaluate their intention, and perform an escape.
  4.  Envolver[2]– empregamos o ch’i para tudo envolver e neutralizar.
    Involve [2] – We employ ch’i to wrap and neutralize everything.

Estes quatro aspectos representam o que não tem forma nem som. Sem a habilidade de interpretar a energia e treiná-la até a mais elevada perfeição, eles não podem ser compreendidos. Aqui falamos exclusivamente de ch’i. Somente se o ch’i for corretamente cultivado, sem ser danificado, poderá ser ele projetado pelos membros. Seu efeito nos membros não pode ser descrito em palavras.
These four aspects represent what has neither form nor sound. Without the ability to interpret energy and train it to the highest perfection, they can not be understood. Here we speak exclusively of ch’i. Only if the ch’i is properly cultivated, without being damaged, can it be designed by the members. Its effect on limbs cannot be described in words.

[1]No sentido de “verificar”. / In order to “verify”.
[2]Literalmente “engolir”. / Literally “to swallow”.

tai-qi-1583805_1920

Poemas dos Oito Caminhos / Poems of the Eight Paths
(atribuídos a / attributed to T’an Meng-hsien)

Poema do Aparar (Peng)

Como explicar a energia do Aparar?
É como a água um barco em movimento carregando.
Torne o ch’i substancial no tan-t’ien primeiramente,
Também deve-se a cabeça  pelo alto suspender.
Todo o corpo tem de uma fonte o poder.
Claramente definidos devem ser Emitir e Receber.
Mesmo que mil quilos de força use o atacante,
Sem dificuldade flutuaremos, suavemente.

The Song of Peng

What is the meaning of Peng energy?
It is like the water supporting a moving boat.
First, sink the ch’i to the tan-t’ien,
then hold the head as if suspended from above.
The entire body is filled with springlike energy,
opening, and closing in a very quick moment. 
Even if the opponent uses a thousand pounds of force,
he can be uprooted and made to float without difficulty.


Poema do Puxar para Trás (Lu)

Como explicar a energia do Puxar para Trás?
Permitindo seu avanço em nossa direção,
O oponente conduzimos,
Enquanto seguimos sua força de aproximação.
Até seu excesso continuando a  condução,
Leves e confortáveis permanecemos,
Sem a postura vertical perdermos.
Ao gastar sua força,
Vazio naturalmente ele estará; e nós,
Se o centro de gravidade mantermos,
Nunca ser superados poderemos.

The Song of Lu

What is the meaning of Lu energy?
Entice the opponent toward you by allowing him to advance, 
lightly and nimbly follow his incoming force
without disconnecting and without resisting. 
When his force reaches its farthest extent,
it will naturally become empty. 
The opponent can then be let go or countered at will.
Maintain your central equilibrium 
and your opponent cannot gain an advantage.


Poema do Pressionar (Chi)

 Como explicar a energia do Pressionar?
Os dois lados empregamos
Em certa ocasião,
Para receber diretamente
Uma simples intenção.
Encontrando e combinando
Em uma única ação,
Recebemos indiretamente
A força da reação.
É como a bola
Na parede rebatendo,
Ou como a moeda
No tambor se derrubando,
Com tom metálico ressoando.

The Song of Chi

What is the meaning of Chi energy? 
There are two aspects to its functional use: 
The direct way is to go to meet the opponent and
attach gently in one movement. 
The indirect way is to use the reaction force
like the rebound of a ball bouncing off a wall, or 
a coin thrown on a drumhead, 
bouncing off with a ringing sound.


Poema do Empurrar (An)

 Como explicar a energia do Empurrar ?
Quando aplicado,
É como água em movimento,
Mas em meio a suavidade,
Grande força é encontrada.
Quando o fluxo é ligeiro,
A força não é estagnada.
As ondas quebram-se nos lugares altos,
Mergulham fundo nos lugares baixos.
As ondas sobem e descem,
Mas um buraco encontrando,
Nele certamente avançarão.

The Song of An

What is the meaning of An energy? 
When applied it is like flowing water.
The substantial is concealed in the insubstantial. 
When the flow is swift it is difficult to resist. 
Coming to a high place, it swells and fills the place up;
meeting a hollow it dives downward. 
The waves rise and fall, 
finding a hole they will surely surge in.


Poema do Puxar para Baixo (Ts’ai)

Como explicar a energia do Puxar para Baixo?
Permitimos ao adversário
Liberdade para sua força,
Seja ela grande ou pequena,
Como se algo na balança pesássemos.
Depois de avaliado,
Seu peso ou leveza conhecemos.
Girando com poucas gramas,
Muitos quilos pesaremos.
Se pelo princípio  subjacente perguntamos,
A função da alavanca descobrimos.

The Song of Ts’ai

What is the meaning of Ts’ai energy? 
It is like the weight attached to the beam of a balance scale. 
Give free play to the opponent’s force 
no matter how heavy or light,
you will know how heavy or light it is after weighing it. 
To push or pull requires only four ounces, 
one thousand pounds can also be balanced. 
If you ask what the principle is, 
the answer is the function of the lever.


Poema do Tangenciar (Lieh)

 Como explicar a energia do Tangenciar?
Revolvendo como um tornado,
Se algo contra ele é atirado,
A longa distância é arremessado.
Redemoinhos em ligeiras correntes aparecem,
E como espirais são as ondas encrespadas.
Se em sua superfície as folhas caem,
Nunca de nossa vista desaparecem.

The Song of Lieh

What is the meaning of Lieh energy? 
It revolves like a spinning disc.
If something is thrown into it, 
it will immediately be cast more than ten feet away. 
Have you not seen a whirlpool form in a swift-flowing stream? 
The waves roll in spiraling currents. 
If a falling leaf drops into it, 
it will suddenly sink from sight.


Poema do Ataque com o Cotovelo (Chou)

Como explicar a energia do Ataque com o Cotovelo?
Nosso método pelos Cinco Elementos
Deve ser considerado.
Yin e Yang acima e abaixo
São divididos,
Cheio e Vazio claramente devem
Ser distinguidos.
O oponente nosso contínuo movimento
Não pode agüentar,
E mais aterrador é o nosso
Explosivo golpear.
Quando meticulosamente dominadas são
As seis energias,
As aplicações infinitas serão.

The Song of Chou

What is the meaning of Chou energy? 
Its method relates to the Five Elements. 
Yin and Yang are divided above and below. 
Insubstantiality and substantiality must be clearly distinguished. 
Joined in unbroken continuity, 
the opponent cannot resist the posture.
Its explosive pounding is especially fearsome. 
When one has mastered the six kinds of energy, 
the applications become unlimited.


Poema do Ataque com o Ombro

 Como explicar a energia do Ataque com o Ombro?
Entre ombros e costas
O método é dividido.
Na postura Vôo Diagonal
O ombro é usado,
Mas entre os ombros
Há também as costas.
Quando repentinamente
A oportunidade se apresenta,
Ele golpeia em colisão,
Como a mão do pilão.
O centro de gravidade
Cuidadosamente manter devemos,
Pois se o perdermos,
Certamente falharemos.

The Song of K’ao

What is the meaning of K’ao energy? 
Its method is divided into the shoulder and back technique. 
In Diagonal Flying Posture use the shoulder, 
but within the shoulder technique,
there is also some use of the back. 
Once you have the opportunity and can take advantage of the posture,
the technique explodes like pounding a pestle. 
Carefully maintain your own center. 
Those who lose it will have no achievement.

qi-1583809_1920

Poemas dos Cinco Passos / Poems of the Five Steps


Poema do Avançar

 Quando é hora de avançar,
Sem hesitação deve-se avançar.
Se obstáculos não encontrar,
Continuamente deve-se avançar.
Falhando o avanço na hora certa,
A oportunidade é perda certa.
Avaliando a ocasião de avançar
Corretamente,
Vitoriosos seremos
Certamente.

Move Forward Poem

When it’s time to move forward,
Without hesitation, one must move forward.
If obstacles do not find,
We must continually move forward.
Failing the advance at the right time,
Opportunity is certain loss.
Assessing the opportunity to move forward
Correctly,
We will be victorious
Certainly.


Poema do Recuar

Se nossos passos seguem
Do corpo as mudanças,
então nossa técnica será
Perfeita e bem acabada.
Evitando o cheio,
Enfatizando o vazio,
Assim o oponente
Se apóia em nada.
Falhando em recuar,
Quando se pede recuar,
Nem sábio nem corajoso
Isto pode se chamar.
Verdadeiramente,
Recuar é avançar,
Se em contra-ataque
Ele pode se tornar.

Move Backwards Poem

If our steps follow
From the body changes,
then our technique will be
Perfect and well finished.
Avoiding the full,
Emphasizing the emptiness,
So the opponent
Lean on nothing.
Failing to back off,
When you are asked to step back,
Neither wise nor brave
This can be called.
Truly,
To retreat is to advance,
If in counterattack
He can become.


Poema do Olhar para a Esquerda

Para a esquerda e para a direita,
Yin e Yang mudam
Segundo a situação.
Evadimo-nos pela esquerda
E atacamos pela direita,
Com passos firmes e convicção.
Operam juntos pés e mãos,
Joelhos, cotovelos,
Cintura também.
Nossos atos o oponente
Sondar não pode, e contra nós
Defesa não tem.

Look Left Poem

To the left and to the right,
Yin and Yang change
According to the situation.
Let’s escape from the left
And we attack from the right,
With steady steps and conviction.
They work hand and foot together,
Knees, elbows,
Waist also.
Our acts the opponent
Plumbing can not and against us
Defense does not.


Poema do Olhar para a Direita

Com passos perfeitos,
Fingindo à esquerda, atacamos pela direita.
Seguindo a ocasião,
Golpeamos à esquerda, atacamos pela direita.
Tudo que é frontal evitamos,
E mudanças de condições avaliando,
Lateralmente avançamos.
Cheio e vazio, esquerda e direita
Sem falhas, use técnica perfeita.

Look Poem to the Right

With perfect steps,
Pretending to the left, we attack from the right.
Following the occasion,
We hit the left, we attacked by the right.
Everything that is frontal we avoided,
And changes in conditions we evaluated,
Laterally we move forward.
Full and empty, left and right
Without failures, use perfect technique.

 
Poema do Equilíbrio Central

Estáveis e serenos como a montanha,
Estamos centrados.
Nosso ch’i baixa para o tan-t’ien,
Somos como que suspensos pelo superior.
Nosso espírito é concentrado,
A composição é perfeita no modo exterior.
Energia emitindo e recebendo,
Ambos frutos de um instante operando.

Poem of the Central Balance

Stable and serene as the mountain,
We are focused.
Our low ch’i for the tan-t’ien,
We are as if suspended by the superior.
Our spirit is concentrated,
The composition is perfect in outdoor mode.
Energy emitting and receiving,
Both fruits of an instant operating.

Clássicos do Taiji: Os 12 ensinamentos orais do Taiji Yang / Taiji Classics: The 12 oral teachings of Taiji Yang

EXPOSIÇÃO DA TRANSMISSÃO ORAL / EXPOSURE OF ORAL TRANSMISSION

Cheng-tzu T’ai-chi ch’üan shih-san p’ien
(Treze Capítulos de Mestre Cheng sobre o T’ai-chi ch’üan) de Cheng Man-ch’ing.
(Thirteen Chapters of Master Cheng on the T’ai-chi ch’üan) by Cheng Man-ch’ing.

Como regra, os artistas marciais que atingiram uma técnica superior guardam-na em segredo, não a revelando a outros. Também é habitual transmiti-la somente aos filhos, e não às filhas. Contudo, nem sempre são os filhos valorosos, o que freqüentemente leva a uma perda das verdadeiras transmissões. Se, às vezes, o mestre tem um aluno favorito, ele o colocará a par de sua técnica, mas sempre mantendo algo somente para si, temendo contingências imprevistas. Se formos por este caminho, poderemos realmente ter alguma expectativa de florescimento das artes marciais de nossa nação?

As a rule, martial artists who have achieved superior technique keep it secret, not revealing it to others. It is also customary to pass it on only to the sons, not the daughters. However, they are not always noble sons, which often leads to a loss of true transmissions. If at times, the master has a favorite student, he will keep him familiarized with his technique, but always keeping something to himself, fearing unforeseen contingencies. If we go down this path, can we really have any anticipation of the flourishing of our nation’s martial arts?

Ainda que eu, Man-ch’ing, tenha estudado com Mestre Yang Ch’eng-fu, não ouso afirmar que recebi a transmissão completa. No entanto, eu estive retendo conhecimento sem tornar segredos públicos, pois isto seria como pilhar tesouros à custa da nação. Nesses últimos dez anos ou mais, sempre que desejei registrá-los no papel para ampliar sua popularidade, este sentimento tumultuou minha mente, fazendo com que eu desistisse de meu intento. Isso foi acontecendo mais e mais, pois eu temia que a transmissão alcançasse as pessoas erradas. Porém, depois de uma cuidadosa consideração, num espírito de generosidade e abertura, eu firmemente resolvi registrar de modo fiel os doze ensinamentos orais mais importantes. Mestre Yang não os transmitia a qualquer um. Toda vez que falava a respeito deles, ele exortava-nos, dizendo: “se eu não mencionar isto, mesmo que você treine por três vidas, ainda assim será difícil de aprender”. E uma vez que ouvi estas palavras, então passei a ouvi-las milhares de vezes. Isto mostra o quanto ele se importava profundamente, embora não pudesse realizar suas maiores expectativas; isto era causa de grande aflição para ele. Não obstante, eu espero prover os homens intrépidos e sábios do mundo com os meios de estudar e desenvolver a arte, e capacitar todas as pessoas a eliminar as doenças e desfrutar da longevidade. Isto seria um grande benefício para toda a raça humana.

Although I, Man-ch’ing, studied with Master Yang Ch’eng-fu, I do not dare say that I received the complete transmission. However, I have been holding back knowledge without making secrets public, as this would be like stealing treasures at the expense of the nation. In these last ten years or so, whenever I wanted to, I recorded them on paper to broaden their popularity, this feeling tumultuated my mind, causing me to give up on my attempt. This was happening more and more often because I feared that the transmission would reach the wrong people. However, after careful consideration, in a spirit of generosity and openness, I firmly resolved to faithfully record the twelve most important oral teachings. Master Yang did not pass them on to anyone. Every time he spoke about them, he exhorted us, saying, “If I do not mention this, even if you train for three lives, it will still be difficult to learn.” And once I heard these words, I then listened to them a thousand times. This shows how much he cared deeply, though he could not fulfill his highest expectations; this was a cause of great distress to him. Nevertheless, I hope to provide the intrepid and wise men of the world with the means to study and develop art, and to enable all people to eliminate disease and enjoy longevity. This would be of great benefit to the whole human race.

tai_chi_classic

Os 12 Ensinamentos Orais / The 12 Oral Teachings

1- Relaxamento. Todos os dias Mestre Yang repetia pelo menos umas dez vezes: “Relaxe! Relaxe! Fique calmo! Solte todo o corpo! Em outras ocasiões, dizia: “Você não está relaxado! Você não está relaxado! Não estar relaxado significa que você está pronto para receber um golpe!”.

Esta única palavra, “relaxar”, é o mais difícil de conseguir; todo o resto segue-se naturalmente. Permitam-me explicar a idéia principal das instruções orais de Mestre Yang, para torná-la mais compreensível aos estudantes leitores. O relaxamento requer o soltar de todos os tendões do corpo, sem o menor sinal de tensão.

Isto é o que conhecemos por deixar a cintura tão maleável que todos os nossos movimentos parecem sem ossos. Parecer sem ossos significa que há apenas tendões. Ora, os tendões têm a propriedade de serem soltos. Quando isto é compreendido, haveria alguma razão para não estar relaxado?

1- Relaxation. Every day Master Yang repeated at least ten times: “Relax! Relax! Stay calm! Let go of the whole body!” At other times he would say, “You are not relaxed! You’re not relaxed! Not being relaxed means you’re ready to get hit! “

This one word, “relax,” is the most difficult to achieve; everything else follows naturally. Let me explain the main idea of Master Yang’s oral instructions to make it more understandable to readers. Relaxation requires the release of all body tendons, without the slightest sign of tension.

This is what we know for leaving the waist so malleable that all our movements seem boneless. To look boneless means that there are only tendons. Now the tendons have the property of being released. When this is understood, is there any reason not to be relaxed?

2- Baixar. Quando somos capazes de relaxar completamente, isto é abaixar. Quando soltamos os tendões, o corpo que os mantém é capaz de abaixar. Fundamentalmente, relaxar e baixar são a mesma coisa. Ao baixarmos, não oscilamos: oscilar é um erro. Se o corpo é capaz de baixar, isto já é muito bom, mas é preciso também baixar o ch’i. Baixar o ch’i concentra o espírito, o que será de enorme utilidade.

2- Go down. When we are able to completely relax, that is to low yourself. When we release the tendons, the body that holds them is able to get low. Fundamentally, relaxing and falling are the same thing. When we low, we do not oscillate: oscillating is a mistake. If the body is able to low, this is already very good, but it is also necessary to low the ch’i. Lowering the ch’i concentrates the spirit, which will be of great use.

3- Distinção entre o Cheio e o Vazio. Isto é o que afirmam os clássicos do T’ai-chi ch’üan: “o corpo, na sua totalidade, tem um aspecto de cheio e vazio.” A mão direita está conectada em uma linha de energia com o pé esquerdo, e da mesma maneira, a mão esquerda com o pé direito. Se a mão direita e o pé esquerdo estão cheios, então o pé direito e a mão esquerda estão vazios, e vice-versa. Em resumo, todo o peso do corpo deve pousar sobre apenas um pé. Se o peso é dividido entre os dois pés, isto é uma dupla sobrecarga. Ao girar, deve-se cuidar para manter o ponto wei-lü (na base da coluna) em alinhamento com a coluna, com o objetivo de evitar a perda do equilíbrio central. Isto é de uma importância crítica.

3 – Distinction between Full and Empty. This is what the T’ai-chi ch’üan classics claim: “the body in its whole has a full and empty aspect.” The right hand is connected in a power line with the left foot, and in the same way, the left hand with the right foot. If the right hand and the left foot are full, then the right foot and the left hand are empty, and vice versa. In summary, all body weight should land on just one foot. If the weight is divided between the two feet, this is a double overhead. When rotating, care should be taken to keep the wei-lü point (at the base of the spine) in alignment with the spine, in order to avoid losing the central balance. This is of critical importance.

4- Energia Leve e Sensitiva no Topo da Cabeça. Aqui está dito simplesmente que a energia no topo da cabeça deve ser leve e sensitiva, ou seja, a idéia de “manter a cabeça suspensa a partir do alto.”

Manter a cabeça como se fosse suspensa a partir do alto pode ser comparado a uma trança de cabelo amarrada a um caibro. Desta forma, o corpo fica suspenso no ar, sem tocar o solo. Neste momento, é possível rodar todo o corpo. Se a cabeça é movida para cima, abaixo ou para os lados, independentemente, isto não será possível. Energia leve e sensitiva no topo da cabeça é simplesmente a idéia de suspendê-la a partir do alto. Isto é dizer tudo a esse respeito. Ao praticar a forma, deve-se induzir o ponto yü-chen, na base da nuca, a destacar-se, assim o espírito (shen) e o ch’i poderão alcançar o topo da cabeça sem esforço.

4- Light and Sensitive Energy on the Top of the Head. Here it is simply said that the energy at the top of the head should be light and sensitive, meaning the idea of “keeping the head suspended from above.”

Keeping the head as if suspended from above may be compared to a braid of hair tied to a rafter. In this way, the body is suspended in the air, without touching the ground. At this point, it is possible to rotate the entire body. If the head is moved up, down or sideways independently, this will not be possible. Light and sensitive energy at the top of the head is simply the idea of suspending it from above. That is saying all about it. When practicing the form, the yü-chen point at the base of the neck should be induced to stand out so the spirit (Shen) and the ch’i can reach the top of the head without effort.

5- A Pedra de Moinho Roda, mas Não a Mente. Rodar a mó é uma metáfora da rotação do quadril. A mente não rodar é o equilíbrio central, resultante da condução do ch’i ao tan-t’ien.

“A pedra de moinho roda, mas a mente não roda” é um ensinamento oral dentre as transmissões da família. É similar a outras duas expressões dos clássicos do T’ai-chi ch’üan que comparam o quadril com um eixo ou com um estandarte. Isto é especialmente digno de nota. Minha própria arte progrediu rapidamente, após assimilar este conceito.

5- The Millstone Wheels, but Not the Mind. Rotating the grindstone is a metaphor for hip rotation. The non-rotating mind is the central balance resulting from the conduction of ch’i to tan-t’ien.

“The millstone rolls, but the mind does not spin” is an oral teaching among the transmissions of the family. It is similar to two other expressions of the T’ai-chi ch’üan classics that compare the hip with a shaft or with a standard. This is especially noteworthy. My own art progressed rapidly after assimilating this concept.

6- Alisar a Cauda do Pássaro é como Usar um Serrote. Quer dizer, o Aparar (peng), Puxar para Trás (), Pressionar (ji) e Empurrar (an) do tui-shou vão para frente e para trás, como a ação de um serrote para dois homens. Ao usar um serrote de dois homens, um de cada lado, cada qual deve aplicar igual quantidade de força; isto para que o movimento para frente e para trás seja relaxado e não ofereça resistência. Se houver a mais leve variação em qualquer dos lados, o serrote travará em algum ponto. Se meu parceiro faz o serrote engasgar, mesmo que eu use força, não conseguirei trazê-lo de volta. Somente empurrando conseguirei liberá-lo, reestabelecendo o equilíbrio da força. Este princípio tem duas implicações para o T’ai-chi ch’üan. O primeiro é desistir de si mesmo e seguir os outros. Seguindo a posição de nosso oponente, podemos conseguir o maravilhoso efeito de transformar e produzir energia. O segundo é que, ao mais leve movimento do adversário, podemos antecipá-lo e efetivar o primeiro movimento; isto é, quando o oponente procura atirar-nos longe com uma força de empurrar, antecipamo-nos a isto, usando uma força de puxar. Se o oponente deseja puxar-nos, passamos a empurrá-lo com antecipação.

A metáfora do serrote de dois homens é um princípio realmente profundo. É uma das autênticas lições orais da transmissão de família, que foi capaz de trazer-me um súbito esclarecimento. Aderir à antecipação do mais leve movimento do adversário implica no fato de que eu estou sempre com o controle da situação, e o oponente está sempre em desvantagem. O resto segue-se sem que seja preciso dizer mais.

6- Smoothing the Tail of the Bird is like Using a Hand Saw. That is, the Trim (peng), Pull Back (lü), Press (Ji) and Push (an) of the tui-shou go forward and back, like the action of a saw for two men. When using a saw of two men, one of each side, each one must apply an equal amount of force; so that the back and forth movement is relaxed and does not offer resistance. If there is the slightest variation on either side, the saw will lock at some point. If my partner makes the saw choke, even if I use force, I will not be able to bring it back. Only by pushing will I be able to release it, re-establishing the balance of force. This principle has two implications for the T’ai-chi ch’an. The first is to give up on yourself and follow others. Following the position of our opponent, we can achieve the wonderful effect of transforming and producing energy. The second is that, at the slightest movement of the opponent, we can anticipate and affect the first movement; that is, when the opponent tries to throw us away with a pushing force, we anticipate this by using a pulling force. If the opponent wants to pull us, we push him forward.

The metaphor of the two-man hacksaw is a really profound principle. It is one of the authentic oral lessons of family transmission, which was able to bring me a sudden clarification. Adhering to the anticipation of the slightest movement of the adversary implies in the fact that I am always in control of the situation, and the opponent is always at a disadvantage. The rest follows without saying more.

7- Eu Não Sou um Gancho de Carne. Por Que Você Se Pendura em Mim? T’ai-chi ch’üan enfatiza relaxamento e sensitividade e tem aversão à rigidez e tensão. Se você pendura sua carne em ganchos de açougue, então você é carne morta. Como, deste modo, podemos desenvolver o ch’i sensitivo? Meu mestre detestava e proibia isto, e muito advertiu seus alunos, dizendo que não era um “gancho de carne.” Este é um ensinamento oral dos Yang. O conceito é muito profundo e deve ser conscienciosamente praticado.

7- I’m Not a Meat Hook. Why Do You Hang On Me? T’ai-chi ch’üan emphasizes relaxation and sensitivity and aversion to rigidity and tension. If you hang your meat on butchers, then you’re dead meat. How, then, can we develop the sensitive ch’i? My master detested and forbade it, and very much warned his students, saying he was not a “hook of flesh.” This is an oral teaching of the Yang. The concept is very deep and should be conscientiously practiced.

8- Quando Empurrado, Não Se Deixe Cair, Como o “João-Bobo.” O corpo todo é leve e sensitivo; a raiz está nos pés. Se o relaxamento e o abaixar não foram dominados, isto não é fácil de ser consumado.

O centro de gravidade do “João-Bobo” é situado na base. É isto que o T’ai-chi ch’üan descreve nos clássicos como “quando todo o peso é apoiado de um lado, há liberdade de movimento; uma dupla sobrecarga causa inflexibilidade”. Se os dois pés usam força ao mesmo tempo, não há dúvidas de que o praticante será derrubado ao primeiro empurrão. Em resumo, a energia do corpo todo, cem por cento dela, deve se apoiar sobre a sola de um único pé. O resto do corpo deve estar calmo e mais leve do que o deslizar do nado de um cisne.

8- When pushed, do not let fall, like a Jack in the box. The whole body is light and sensitive; the root is in the feet. If relaxation and lowering were not mastered, this is not easy to be consummated.

The center of gravity of the “Jack” is situated at the base. This is what the T’ai-chi ch’an describes in the classics as “when all weight is supported on one side, there is freedom of movement; a double overhead causes inflexibility. ” If both feet use force at the same time, there is no doubt that the practitioner will be knocked down at the first push. In short, the energy of the whole body, one hundred percent of it, must rest on the sole of a single foot. The rest of the body should be calm and lighter than the swimmer’s swim.

9- Habilidade de Emitir Energia. Energia e força não são sinônimos. A energia provém dos tendões, enquanto que a força provém dos ossos. Portanto, energia é uma propriedade daquilo que é suave, vivo e flexível. Força é propriedade do que é duro, morto e inflexível. E o que nós queremos dizer com “emitir energia”? É como atirar uma flecha.

Atirar uma flecha depende da elasticidade do arco e da corda. O poder do arco e da corda deriva de sua vivacidade, suavidade e elasticidade. A diferença entre energia e força, entre a habilidade de emitir e não emitir, é prontamente percebida. Contudo, isto apenas explica a natureza da emissão de energia, mas não explica sua função com detalhes. Permitam-me acrescentar algumas palavras ao método de emitir energia, assim como foi explicado várias vezes por Mestre Yang. Ele dizia que deve-se sempre avaliar o momento e tirar vantagem disto. Ele também dizia que deve haver um único fluir de ch’i, dos pés para as pernas, e destas para a cintura. Ele contou-nos que seu pai , Yang Chien-hou, gostava de recitar estas duas regras. Todavia, avaliar o momento e tirar vantagem dele são idéias difíceis de assimilar. Eu sinto que a operação do serrote de dois homens contém o conceito de avaliação do momento e de tirar proveito da situação. Antes que meu oponente tente avançar ou recuar, eu já terei me antecipado. Isto é avaliar a oportunidade. Quando meu adversário já avançou ou recuou, mas caiu sob meu controle, isto é tirar vantagem. A partir deste exemplo, podemos começar a entender que a habilidade de unificar pés, pernas e cintura num único fluir do ch’i não somente concentra a potência e nos dá resistência, mas também evita que o corpo torne-se desunido e permite que a vontade seja focalizada. A discussão acima cobre a maravilhosa efetividade da emissão de energia. Os praticantes devem estudar este conceito fielmente.

9- Ability to emit energy. Energy and strength are not synonymous. The energy comes from the tendons, while the force comes from the bones. Therefore, energy is a property of that which is smooth, living, and flexible. Strength is property of what is hard, dead, and inflexible. And what do we mean by “emitting energy”? It’s like throwing an arrow.

Throwing an arrow depends on the elasticity of the bow and rope. The power of the bow and the rope derives from its liveliness, softness, and elasticity. The difference between energy and force, between the ability to emit and not emit, is readily perceived. However, this only explains the nature of the emission of energy but does not explain its function in detail. Let me add a few words to the method of emitting energy, as explained several times by Master Yang. He said that one should always evaluate the moment and take advantage of it. He also said that there should be a single flow of ch’i, from feet to legs, and these to the waist. He told us that his father, Yang Chien-hou, liked to recite these two rules. However, assessing the timing and taking advantage of it are difficult to assimilate ideas. I feel that the operation of the two-man hacksaw contains the concept of momentum evaluation and take advantage of the situation. Before my opponent tries to move forward or backward, I’ll have already anticipated. This is evaluating the opportunity. When my opponent has advanced or retreated, but has fallen under my control, this is to take advantage. From this example, we can begin to understand that the ability to unify feet, legs, and waist in a single flow of ch’i not only concentrates power and gives us strength, but also prevents the body from becoming disunited and allows the will be focused. The discussion above covers the wonderful effectiveness of energy emission. Practitioners should study this concept faithfully.

10- Ao Mover, Nossa Postura Deve Ser Equilibrada, Vertical, Uniforme e Nivelada. Estas quatro palavras – equilibrada, vertical, uniforme e nivelada – são muito familiares, mas muito difíceis de compreender. Somente quando equilibrados e eretos podemos estar confortáveis e controlar todas as direções. Somente quando uniformes e nivelados nosso movimentos podem ser conectados uns aos outros, sem que apareçam interrupções. Isto é o que os clássicos do T’ai-chi chamam “permaneça ereto e equilibrado” e “energia deve ser movida como o desenrolar da seda.” Se não começamos a trabalhar a partir destas quatro palavras, então nossa arte não é uma verdadeira arte.

10- When Moving, Our Posture Must Be Balanced, Vertical, Uniform and Level. These four words – balanced, vertical, uniform and level – are very familiar, but very difficult to understand. Only when balanced and upright can we be comfortable and control all directions. Only when uniform and level can our movements be connected to one another without interruptions. This is what the T’ai-chi classics call “stay upright and balanced” and “energy should be moved like the rolling of silk.” If we do not start working on these four words, then our art is not true art.

11- Deve-se Executar as Técnicas Corretamente. O “Poema do Tui-shou” diz: “em Aparar (peng), Puxar para Trás (), Pressionar (ji) e Empurrar (an), deve-se executar a técnica corretamente”. Se o conhecimento da técnica não é correto, tudo se tornará falso. Permitam-me então dizer que, se quando ao Aparar alguém toca o corpo do oponente, ou ao Puxar para Trás alguém tem o próprio corpo tocado, ambas as coisas são erros. Quando aparar, não toque o corpo do adversário; quando puxar para trás, não permita que seu próprio corpo seja tocado. Esta é a técnica certa. Durante o Pressionar e o Empurrar, deve-se reservar energia para que não se perca o equilíbrio central. Isto é o correto.

Eu li essas palavras, “deve-se executar a técnica corretamente”, muitas vezes nos “Clássicos do T’ai-chi ch’üan” sem que pudesse realmente compreendê-las. Somente depois de ouvi-las mais e mais, ditas por Mestre Yang, pude alcançar o método e a medida apropriada. Sem instrução oral é muito difícil de compreender, e há muitos exemplos deste tipo. Esta é uma autêntica lição secreta da transmissão de família. Os estudantes deveriam começar com ela e testá-la por si mesmos, para que possam alcançar a correta medida sem perder o equilíbrio central. Isto é supremamente importante.

11- You Must Perform the Techniques Correctly. The “Tui-shou Poem” says: “In Trim (peng), Pull Back (lü), Press (Ji) and Push (an), one must execute the technique correctly.” If the knowledge of the technique is not correct, everything will become false. Let me then say that if when someone touches the opponent’s body, or when pulling back someone has their own body touched, both things are mistakes. When trimming, do not touch the opponent’s body; when pulling back, do not allow your own body to be touched. This is the right technique. During Press and Push, energy must be reserved so that the central balance is not lost. This is correct.

I read those words, “one must perform the technique correctly,” often in the “T’ai-chi ch’an” classics without being able to really understand them. Only after hearing them more and more, said by Master Yang, I was able to reach the method and the appropriate measure. Without oral instruction is very difficult to understand, and there are many examples like this. This is an authentic secret lesson of family transmission. Students should start with it and test it for themselves so that they can achieve the right measure without losing the central balance. This is supremely important.

12- Repelir 500 Kg com 100 gramas. Ninguém acredita que 100 gramas sejam capazes de repelir 500 quilos. O significado de “repelir 500 Kg com 100 g” é que somente 100 gramas de energia são necessárias para puxar 500 quilos e, em seguida, aplica-se o empurrar. Puxar e repelir são duas coisas diferentes. Não é verdade que alguém possa repelir 500 Kg usando apenas 100 g.

Explicando separadamente os termos “repelir” e “puxar”, podemos apreciar toda a sua maravilhosa efetividade. O método de puxar é semelhante a prender uma corda no nariz de um touro de 500 quilos. Com uma corda de 100 gramas, podemos puxar um touro de 500 Kg para a direita ou esquerda, conforme nosso desejo. O touro será incapaz de escapar. Mas a aplicação deve ser precisamente sobre o nariz. Puxar o chifre ou a pata não terá efeito. Portanto, se puxarmos de acordo com o método correto e no ponto certo, o touro de 500 Kg pode ser puxado com uma corda de 100 g. Poderá, no entanto, uma estátua de um cavalo ser puxada com uma corda fraca? Não! Isto porque há diferenças no comportamento dos seres animados e inanimados. Seres humanos possuem inteligência. Se alguém tenta atacá-lo usando uma força de 500 Kg e aproximando-se em uma certa direção, digamos na cabeça por exemplo, eu puxarei sua mão com 100g de energia, seguindo a direção de sua força, e o desviarei para longe. Isto é o que entendo por puxar. Depois de ser puxado, a força do adversário é neutralizada, e neste momento eu emito energia para repeli-lo. Esse oponente será atirado a uma grande distância. A energia usada para puxá-lo precisará ser apenas de 100 gramas, mas a energia para empurrá-lo deve ser ajustada de acordo com as circunstâncias. A energia usada para puxá-lo não deve ser muito pesada; caso contrário, o atacante perceberá nossas intenções e encontrará um meio de escapar. Em certas ocasiões, é possível apropriar-se da energia de puxar, mudar a direção e empregá-la num ataque. Em outras, o adversário percebe que está sendo puxado e não avança, reservando sua força. Ao reservar sua força, ele está pronto para colocar-se numa posição de recuo. Aí então, posso seguir o seu recuar, empregar minha energia de empurrar e tornar a atacá-lo. O oponente é invariavelmente derrubado pelas nossas mãos. Isto é um contra-ataque.

12- Repel 500 kg with 100 grams. Nobody believes that 100 grams can repel 500 kg. The meaning of “repel 500 kg with 100 g” is that only 100 grams of energy are required to pull 500 kg and then apply the push. Pulling and repelling are two different things. It is not true that one can repel 500 kg using only 100 g.

Explaining the terms separately “repel” and “pull,” we can appreciate all its wonderful effectiveness. The method of pulling is similar to attaching a rope to the nose of a 500-kg bull. With a rope of 100 grams, we can pull a 500 kg bull to the right or left, according to our desire. The bull will be unable to escape. But the application should be precisely on the nose. Pulling the horn or the paw will have no effect. Therefore, if we pull according to the right method and at the right point, the 500 kg bull can be pulled with a 100g rope. Can a statue of a horse, however, be pulled with a weak rope? No! This is because there are differences in the behavior of animate and inanimate beings. Human beings have intelligence. If someone tries to attack you using a force of 500 kg and approaching in a certain direction, say in the head, for example, I will pull your hand with 100g of energy, following the direction of your force, and I will divert you away. This is what I mean by pulling. After being pulled, the opponent’s strength is neutralized, and at this moment I emit energy to repel him. This opponent will be thrown at a great distance. The energy used to pull it will need to be only 100 grams, but the energy to push it must be adjusted according to the circumstances. The energy used to pull it should not be too heavy; otherwise, the attacker will notice our intentions and find a way to escape. At times, it is possible to appropriate the pulling energy, change the direction and use it in an attack. In others, the opponent realizes that he is being pulled and does not advance, reserving his strength. When reserving his force, he is ready to put himself into a retreat position. Then I can follow his retreat, use my energy to push and re-attack him. The opponent is invariably knocked over by our hands. This is a counterattack.

Tudo o que está dito acima foi transmitido oralmente a mim, Cheng Man-ch’ing, por Yang Ch’eng-fu. Eu não ouso manter tudo isto em segredo, mas desejo propagá-lo mais amplamente. Eu sinceramente espero que os espíritos afins possam avançar juntos.

All that is said above was transmitted orally to me, Cheng Man-ch’ing, by Yang Ch’eng-fu. I dare not keep all this a secret, but I wish to spread it more widely. I sincerely hope that kindred spirits can move forward together.

Clássicos do Tai Chi parte 2 – 10 pontos importantes para o Tai Chi Chuan

Continuando a série com os textos clássicos do Tai Chi 🙂 Bom estudo a todos!

DEZ PONTOS IMPORTANTES PARA O T’AI CHI CHUAN

Instruções orais de Yang Ch’eng-fu, registradas por Ch’en Wei-ming em T’ai-chi ch’üan shu ( A Arte do T’ai-chi ch’üan ) 1o. publicado em 1925 pela escola Chen, a Chih-jou ch’üan-she, reeditado por Hsiang-kang wu-shu chú-pan-she, Hong Kong, n. d. Também Yang-chia T’ai-chi ch’üan t’i-yung ch’üan-shu ( Princípios Completos e Aplicações do T’ai-chi ch’üan da Família Yang), Hong Kong: Hsin-wen shu-tien, n. d.

S_16933-MLB20129101870_072014-O

            1- A Energia no Topo da Cabeça Deve ser Leve e Sensitiva. “Energia no topo da cabeça” significa que deve-se manter a cabeça ereta, para que o espírito ( shen ) posso alcançar o cimo. Nenhuma força deve ser utilizada. Se a força for empregada, a nuca ficará tensa e sangue e c’hi não serão capazes de circular. Deve haver uma sensação de leve sensitividade e naturalidade. Sem esta energia leve e sensitiva, o espírito não pode ascender.

            2- Recolher o Tórax e Expandir as Costas. “Recolher o tórax” é permitir um ligeiro recolhimento do peito, permitindo que o ch’i baixe para o tan t’ien. Evite absolutamente expandir o peito, pois isto causa a paralisação do ch’i no tórax, resultando em rigidez na parte superior do corpo. Isto tende a causar uma oscilação nas solas dos pés. “Expandir as costas” quer dizer que o ch’i projeta-se pelas costas. Recolhendo o peito, as costas naturalmente expandirão. As costas expandindo, a força será emitida a partir das costas, permitindo superar qualquer oponente.

            3- Relaxe o Quadril (cintura). A cintura é o regente do corpo. Se a cintura está relaxada, nossos pés terão poder e nossa fundação será estável. Mudanças do cheio e do vazio, todas são provenientes da cintura. Por isto dizemos que ela é a área mais vital. Se perdemos potência, devemos procurar a causa na cintura.

            4- Distinção do Cheio e do Vazio. Distinguir o cheio do vazio é o primeiro princípio do T’ai-chi ch’üan. Se o peso do corpo repousa sobre a perna direita, então ela é cheia e a esquerda é vazia. Se o peso se apóia na perna esquerda, então agora a esquerda é cheia e a direita é vazia. Somente após distinguir entre o cheio e o vazio, nossos movimentos se tornam leves, ágeis e sem esforço. Se não somos capazes de fazer tal distinção, nossos passos ficam pesados e rígidos; nossa postura será instável e seremos facilmente tirados do equilíbrio.

            5- Baixar os Ombros e Dobrar os Cotovelos para Baixo. “Baixar os ombros” quer dizer que eles são capazes de relaxar e de se manterem baixos. Se eles não podem estar relaxados e abaixados, conforme eles levantam o ch’i sobe também, e o corpo inteiro fica sem potência. “Dobrar os cotovelos” significa que eles devem relaxar, flexionados para baixo. Os cotovelos subindo, a conseqüência é que os ombros não podem abaixar. Não seremos, então, capazes de empurrar nossos oponentes muito longe: estaremos cometendo o mesmo erro da energia interrompida dos sistemas externos.

            6- Use a Mente, Não a Força. Isto é afirmado no “Tratado do T’ai-chi ch’üan”, e indica que devemos confiar exclusivamente na mente e não na força. Praticando o T’ai-chi ch’üan, todo o corpo deve estar relaxado. Se pudermos eliminar mesmo a mais leve inabilidade que cria obstáculos nos músculos, ossos e veias, restringindo nossa liberdade, aí então nossos movimentos serão leves, ágeis, circulares e espontâneos. Alguns imaginam como podemos ser fortes sem usar força. Os meridianos do corpo são como os cursos d’água da terra. Quando os cursos d’água estão desimpedidos, a água flui livremente; quando os meridianos estão livres, então o c’hi pode passar por eles. Se a tensão bloqueia os meridianos, o c’hi e o sangue serão obstruídos e nossos movimentos não terão agilidade; se até mesmo um fio de cabelo for puxado, o corpo inteiro será estremecido. Mas se, por outro lado, não usamos força e sim a mente, aonde for a mente, o c’hi a seguirá. Deste modo, se o c’hi flui desobstruído, diariamente penetrando por todas as passagens do corpo sem interrupção, então, depois de muita prática, teremos adquirido um verdadeiro poder interior. Isto é o que o “Tratado do T’ai-chi ch’üan” pretende significar com “somente da mais elevada suavidade pode vir a dureza”. Os braços daqueles que dominaram o T’ai-chi ch’üan são extremamente pesados e são como o aço oculto no algodão. Quando os praticantes dos sistemas externos usam a força, ela é aparente; mas quando eles têm força e não a estão aplicando, eles estão leves e oscilantes. É óbvio que a força deles é um tipo de energia externa e superficial. A força dos praticantes dos sistemas externos é muito facilmente manipulada e não merece elogios.

            7- Unidade do Corpo Superior com o Inferior. A unidade do corpo superior com o inferior é o que o “Tratado do T’ai-chi ch’üan” quer dizer com “a raiz está nos pés, é emitida pelas pernas, controlada pela cintura e expressa pelas mãos”. Dos pés para as pernas, e destas para o quadril, deve haver um circuito contínuo de c’hi. Quando as pernas, o quadril e as mãos movem-se, o espírito (shen) dos olhos move-se em uníssono. É isto, então, que pode ser chamado de “união do corpo superior com o inferior”. Se apenas uma parte deixar de ser sincronizada com o todo, haverá confusão.

            8- A Unidade do Externo com o Interno. O que o T’ai-chi ch’üan treina é o espírito. Portanto, é dito que “o espírito é o líder e o corpo está a seu comando”. Se fizermos o espírito ascender, nossos movimentos serão naturalmente leves e ágeis. As posturas não são mais do que cheio e vazio, aberto e fechado. O que entendemos por aberto não é limitado apenas às mãos ou aos pés, mas deve-se ter uma idéia de emitir também na mente. Da mesma maneira, o fechado também não é limitado a mãos e pés; deve-se ter a idéia de receber na mente. Quando o externo e o interno estão unificados como um único c’hi, não há interrupção por parte alguma.

            9- Continuidade sem Interrupção. O poder dos estilistas externos é extrínseco e tosco. Podemos observá-lo iniciar e acabar, continuar e parar. A velha potência é exaurida antes que uma nova possa nascer. Neste ponto, eles podem ser facilmente derrotados por outros. Usamos a mente no T’ai-chi ch’üan, não a força. Do princípio ao fim não há descontinuidade. Tudo é completo e contínuo, circular e interminável. A isto se referem os Clássicos com “mover-se como um grande rio fluindo sem fim”, ou “mover a energia como o desenrolar da seda de um casulo”. Tudo isso expressa a idéia de unidade do c’hi.

            10- Busque a Serenidade na Movimentação. Praticantes de estilos externos consideram pular e agachar como destreza. Eles exaurem seu c’hi, e depois da prática estão invariavelmente sem fôlego. T’ai-chi usa a tranqüilidade para contrabalançar o movimento. Quando estamos em movimento, permanecemos calmos. Portanto, ao praticar as posturas, quanto mais lento melhor será. Quando diminuímos o ritmo, a respiração torna-se lenta e longa, o c’hi pode descer para o tan-t’ien, e podemos naturalmente evitar os efeitos deletérios da pulsação elevada. Os estudantes que cuidadosamente deliberarem sobre nossas palavras estarão aptos a alcançar seu significado.

Clássicos do Tai Chi parte 1 – Discussão sobre a prática do Tai Chi

Vamos explorar um pouco os textos clássicos do Tai Chi, gostaria de deixar claro que esses próximos textos não são de autoria minha, mas são clássicos escritos por mestres chineses, portanto os dados expressos abaixo não são necessariamente iguais a minhas opiniões pessoais. Boa leitura a todos! Espero que aproveitem!

CAPÍTULO 1 – DISCUSSÃO SOBRE A PRÁTICA DO TAI-CHI CHUAN

Ditado por Yang Ch’en-fu. Registrado por Chang Hung-k’uei em Yang-shi T’ai-chi ch’üan (T’ai-chi ch’üan Estilo Yang ). Hong Kong: T’ai-p’ing shu-chü, 1971; Também de Yang Ch’eng-fu, Yang-chia T’ai-chi ch’üan t’i-yung ch’üan-shu ( Princípios Completos e Aplicações do T’ai-chi ch’üan da Família Yang ). Hong Kong: Hsin-wen shu-tien, n.d.

tai_chi_classic

            Embora as escolas sejam inumeráveis entre as artes marciais chinesas, são todas baseadas nos mesmos princípios filosóficos. Os antigos devotaram vidas inteiras a elas, sem serem capazes de esgotar suas maravilhas. Contudo, se os praticantes perdem um dia de esforço, eles colherão o benefício de um só dia. Depois de vários dias e meses, o objetivo poderá ser naturalmente atingido. Esta arte não é como os eventos de pista e arena do Ocidente, os quais são facilmente explicados e demonstrados e não requerem nenhum estudo profundo ou sutil.

            T’ai-chi ch’üan é a arte de conciliar a dureza com a suavidade, como uma agulha no algodão. Sua técnica, fisiologia e mecânica, todas implicam em consideráveis princípios filosóficos. Portanto, os estudantes desta arte devem passar através de estágios definidos de desenvolvimento, através de um longo período de tempo. Ainda que a orientação de um instrutor superior e a prática com colegas sejam indispensáveis, a coisa mais importante é o treino individual diário. Pode-se discorrer ou sonhar muito, mas um dia, quando formos chamados a testar nossa arte, não teremos nada para mostrar, pois, sem a disciplina diária, permaneceremos sempre alheios à arte. Por esta razão disseram os antigos: “somente pensar é sem proveito; é muito melhor praticar”. Se praticarmos fielmente manhã e noite, verão e inverno, mantendo a forma sempre renovada, aí então, independentemente de idade ou sexo, o sucesso é assegurado.

            Nos anos recentes, estudantes de T’ai-chi ch’üan viajaram do norte para o sul da China, do vale do rio Amarelo ao vale do rio Yangtze, e do Yangtze para o rio Pérola, em Kwangtung. Isto promoveu um aumento do número de entusiastas, o que é motivo para grande otimismo em relação ao futuro de nossas artes marciais nacionais. Nos próximos anos, não haverá limites para o número de estudantes sinceros e dedicados. Ainda que não haja escassez de alunos, a maioria cai em um dos dois procedimentos errôneos. O primeiro grupo é altamente bem-dotado, robusto, de pensamento excepcionalmente rápido e penetrante, mas, infortunadamente, fica satisfeito com pequenos sucessos. Rapidamente dominando o superficial, abandonam seus treinos, sem poder aprender muito. O segundo grupo consiste daqueles que são ansiosos por resultados imediatos e descuidados com detalhes. Antes que um ano se passe, terminam seu aprendizado das formas de mão, espada, facão ( sabre ) e lança. Eles são capazes de imitar os aspectos exteriores da forma, mas, na realidade, ignoram os aspectos interiores. Quando examinamos suas direções e movimentos, o subir e o descer, o dentro e o fora, descobrimos que eles todos não alcançam a medida própria. Se tentamos fazer correções, constatamos que cada simples postura requer correção e, mais ainda, que os acertos da manhã já são esquecidos pela noite. É por isso que frequentemente se diz que “as artes marciais são fáceis de aprender, mas difíceis de corrigir”. A origem deste ditado reside no desejo de resultados imediatos. Atualmente, erros são passados como ensinamentos. Isso leva a uma auto-desilusão e é causa de grande preocupação para o futuro de nossa arte.

tai-chi-chuan-characters

            No começo do aprendizado do T’ai-chi ch’üan, deve-se treinar primeiramente a forma. Treinar a forma significa a cuidadosa memorização e imitação de cada postura da seqüência, sob orientação de um instrutor. Os alunos devem acalmar seu ch’i, memorizar tranquilamente, ponderar e imitar as posturas: isto é o que se chama praticar a forma. Neste ponto, devem prestar especial atenção em distinguir entre o interno e o externo, entre subir e baixar. Aquilo que pertence ao interno é “usar a mente, e não a força”. Baixar quer dizer “conduzir o ch’i para o tan tien”, e subir refere-se à “energia leve e sensitiva no topo da cabeça”. O externo é a “leveza e sensibilidade por todo o corpo”, “a conexão desimpedida de todas as articulações”, “dos pés para as pernas, e destas para a cintura”, “baixar os ombros e dobrar os cotovelos”, e assim por diante. No início do estudo, estes ensinamentos devem ser meticulosamente entendidos e praticados dia e noite. Cada postura e movimento devem ser cuidadosamente analisados. Dedique-se a adquirir correção durante a prática. Quando dominar uma postura, vá para a próxima. Dessa maneira, obter-se-á toda a forma. Se as correções são feitas passo a passo, não haverá mudanças em princípios básicos, mesmo depois de longo período de tempo.

            Ao praticar os movimentos, todas as juntas devem estar relaxadas. Em primeiro lugar, não se deve prender a respiração. Segundo, os quatro membros e cintura não devem usar força alguma. Estes dois princípios são recitados por todos os artistas marciais de sistemas internos. No entanto, tão logo os alunos começam a andar, virando o corpo, chutando ou rodando a cintura, perdem o controle da respiração e seus corpos oscilam. As causas são, invariavelmente, prender a respiração e usar a força.

            1- A cabeça não deve inclinar, seja para frente, para trás ou para os lados. Isso é o que queremos dizer com “pendurar a cabeça como se ela fosse suspensa pelo alto, por um fio”, ou a idéia de equilibrar um objeto no alto da cabeça. Enfatizamos o conceito da suspensão a partir de cima com o objetivo de evitar uma postura vertical rígida. Ainda que a visão seja dirigida para a frente, às vezes ela acompanha a movimentação do corpo. Apesar de desfocada, ela é, sem dúvida, um importante movimento dentre o conjunto de mudanças, e suplementa deficiências nas técnicas do corpo e das mãos. A boca parece aberta, mas não está aberta; ela parece fechada, mas não está fechada. Inspire pelo nariz e expire pela boca, de um modo natural[1]. Se fluir saliva abaixo da língua, ela deve ser engolida, e não expelida.

            2- O corpo deverá manter uma postura ereta, sem inclinação; a coluna e o cóccix devem ser mantidos em alinhamento vertical, sem sair do eixo. Iniciantes devem dedicar especial atenção a isto, conforme vão executando movimentos ativos envolvendo recepção e emissão, relaxamento do tórax e expansão das costas, baixar os ombros e girar a cintura. Caso contrário, tornar-se-ão tensos e, depois de um tempo, será difícil corrigi-los; mesmo dedicando muito tempo, haverá pouco benefício ou vantagem prática.

            3- Todas as articulações dos braços devem estar completamente relaxadas, com os ombros abaixados e os cotovelos dobrados para baixo. A palma da mão deve ser suavemente estendida, e os dedos levemente curvados. Use a mente para mover os braços e permitir que o ch’i atinja a ponta dos dedos. Depois de vários dias e meses, a energia interna tornar-se-á extremamente sensitiva e maravilhas serão naturalmente manifestas.

            4- Deve-se distinguir claramente o cheio e o vazio nas duas pernas. Ao ascender e abaixar, deve-se mover como um gato. Se o peso do corpo é apoiado na perna esquerda, então ela é cheia e a direita é vazia. Se o peso vai para a direita, então a perna direita é cheia e a esquerda vazia. Não queremos dizer que o vazio seja um vácuo, pois não há interrupção no potencial energético e a idéia de extensão e contração permanece. “Cheio” significa simplesmente que o apoio é substancial, e não que força excessiva é empregada, o que seria considerado força bruta. Ainda mais, ao flexionar as pernas, a perna dianteira não deve ir além da vertical; excedê-lo é também considerado excesso de energia. Quando, ao empurrar alguém, perdemos nossa postura vertical, nosso oponente tirará vantagem disto para contra-atacar-nos.

            5- No que se refere aos pés, é necessário distinguir entre chutar com o bico do pé (como em Separar os Pés à Direita e à Esquerda e Estender os Pés à Direita e à Esquerda) ou com o calcanhar. Ao chutar com o bico, a atenção deve se voltar para os dedos do pé; com o calcanhar, dirija a atenção para a sola do pé. Aonde vai a mente, vai o ch’i, e aonde vai o ch’i, haverá naturalmente energia. No entanto, as articulações da perna devem estar completamente relaxadas, e o chute deve ser desferido com uniformidade e estabilidade. Nesta hora é fácil pecar por uso de força rígida fazendo o corpo balançar, perdendo a estabilidade e a potência do chute.

11210181-tai-ji-or-tai-chi-chinese-characters-in-calligraphy-it-is-a-taoism-philosophy-term--Stock-Vector            O currículo do T’ai-chi ch’üan consiste, primeiramente, em forma de mão (i. e., mão vazia), que é o T’ai-chi ch’üan propriamente dito, e a forma longa. Depois vem o Tui Shou de uma mão, Tui Shou fixo, Tui Shou com passos, Ta Lü e San Shou (treinos a dois). Por último, temos as armas: espada de dois gumes, facão (sabre) e lança (forma de treze seqüências).

            Quanto à duração da prática, recomenda-se praticar duas formas pela manhã, ao levantar, e mais duas antes de ir para a cama. Deve-se praticar sete ou oito vezes por dia; em último caso, uma pela manhã e outra à noite. Porém, evite praticar depois das refeições e quando tomar bebidas alcoólicas.

S_16933-MLB20129101870_072014-O

Quanto ao lugar da prática, pátios, quintais ou salas vazias onde haja luz e ar fresco su

ficiente são os mais adequados. Evite ventos fortes e lugares escuros, úmidos e de mau cheiro. Isto porque, quando começamos os movimentos, nossa respiração se torna mais pr

ofunda. Se o vento forte ou o ar ruim penetrar no corpo, isto será injurioso para os pulmões e poderá facilmente nos levar à doença. Já as roupas, devem ter um talhe que permita os movimentos sem embaraço (largas), e os sapatos de tecido (sapatilhas) são os melhores, pois deixam os dedos do pé livres. Quando suar depois da prática, evite tirar as roupas, nudez e contato com água fria. Caso contrário, a doença é inevitável.

[1]Assunto muito polêmico. A tradução foi feita de maneira fiel ao texto inglês.